sábado, 24 de janeiro de 2009

Nunca te vi, sempre te amei!


Quem diria? Estou perdidamente apaixonada, doente, insana. Me sinto totalmente descontrolada, tenho certeza que essa sensação alucina mais que heroína, mesmo nunca tendo experimentado tal droga. Esse nó no peito intensifica e quando eu acho que o muito tempo já foi suficiente, o sentimento permanece e a data de expiração é prorrogada. Ah... Se pudesse escolher como morrer, morreria de amor amado, amor esse, que simplesmente sorteou um alvo e ao acaso teve retorno amplificado e na ação e reação encontrou espaço seguro para desvencilhar-se de armas e escudos , meu coração de repente se abriu, a armadura foi arremessada ao chão, o medo que nunca foi um forte concorrente a minha ousadia, fez-se derrotado.
Tudo começou com Noel. Acredito não ser a única a acreditar no bom velhinho de barba branca que traz presentes em dezembro. Concordo que meus presentes sempre foram complexos, mas, se pedi anéis de Saturno foi porque ainda não via beleza em alianças, escolhi morar na lua porque esqueci que sendo míope não enxergaria a muralha da china, aprender todos os dialetos do universo tornou-se sem sentido quando vi que meus olhos e comportamento falavam mais do que eu, parar o tempo seria desnecessário, uma vez que me desacelerar mesmo com o relógio correndo pudesse ser mais desafiador. Parti então para um presente bem básico: um homem com mais de um metro e noventa que me amasse avassaladoramente.
Não imaginaria que viesse muitas vezes melhor que o pedido, simplesmente perfeito, perfeito pra mim, com características que nem eu poderia imaginar que fizessem de mim a mulher mais realizada do mundo. Tentei ser sensata, achei que após alguns sentidos conquistados, sentiria o chão... fui tola. Após vencer várias barreiras, hoje tento não pensar nas futuras, pois até agora fui surpreendida da maneira que mais temia e desejava.
Vale lembrar que passado e futuro sempre me agoniaram e me afastaram do presente. Ser mais esperta, rápida e tentar prever tropeços sempre me derrubou estupidamente. E tantas perguntas a mim mesma quase me levam a loucura, ainda hoje.
Com isso, "NÃO SEI" passa a ser minha resposta atual e a calma em não saber passa a ser minha aliada. Amo, amo muito e encontrei o homem que me realiza, me torna plena hoje. Amanhã talvez tudo se altere, talvez não. Aceitar que eu estou completa e lutar contra fantasmas que crio passa a ser meu principal desafio.
Viver, realmente é uma arte :)